7 de julho de 2008

FOGO EM LISBOA


Violento fogo assustou lisboetas
Um prédio totalmente destruído, dois edifícios danificados, 15 desalojados e dois feridos ligeiros é o balanço do violento fogo que lavrou durante a noite na Avenida da Liberdade, em Lisboa, assustando habitantes e autoridades, que chegaram a temer o pior, 20 anos depois do incêndio que destruiu a zona da Baixa-Chiado. O fogo foi dado como circunscrito às 06h00 desta segunda-feira, estando, neste momento, em fase de rescaldo.
Labaredas gigantes, vistas a cinco quilómetros de distância, uma espessa cortina de fumo e uma chuva de fagulhas era o cenário visível durante a madrugada de hoje no coração de Lisboa, depois de um incêndio ter deflagrado no n.º 23 da Avenida da Liberdade e alastrado a dois edifícios vizinhos, obrigando à evacuação de cerca de 50 moradores e 100 turistas, instalados em unidades hoteleiras nas imediações, e ao corte daquela que é uma das principais vias da capital, no sentido Marquês do Pombal/ Restauradores.

O fogo começou por volta das 23h00 de ontem no segundo andar de um prédio devoluto, tendo os Bombeiros Sapadores de Lisboa, que receberam o alerta às 23h14, chegado ao local pouco minutos depois. Apesar da rápida resposta, as autoridades não conseguiram evitar que as chamas destruissem o prédio e alastrassem ao nº21 da Av. da Liberdade e ao n.º6 da Rua da Glória, causando estragos em ambos os edifícios.

O violento incêndio provocou ainda ferimentos ligeiros em dois bombeiros, assistidos nos Hospitais de Lisboa, e 15 desalojados, na sua maioria idosos, dos quais quatro foram realojados em pensões da capital, enquanto que os restantes foram acolhidos por familiares.

No terreno estiveram 160 bombeiros, apoiados por mais de 40 viaturas, de diversas corporações dos conselhos vizinhos de Lisboa, que conseguiram controlar as chamas por volta das 03h00, indicou o tenente-coronel Joaquim Leitão, comandante do Bombeiros Sapadores de Lisboa, que deu o incêndio como circunscrito três horas depois. Agora em fase de rescaldo, a situação está a ser acompanhada por cerca de 40 bombeiros, auxiliados por dez viaturas, que apagam pequenos focos, fazem a vigilância pós-rescaldo e avaliam os estragos, devendo as operações prolongarem-se até ao final do dia. Segue-se uma peritagem à estrutura do prédio para garantir a segurança e uma eventual investigação policial, segundo o chefe Santos dos bombeiros de Lisboa.

A circulação automóvel foi reaberta no local por volta das 07h00, estando apenas a faixa dos transportes públicos e a lateral da avenida, no sentido descendente, condicionadas devido às actividades de rescaldo que estão ainda a decorrer.
Notícia, Correio da Manhã

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